domingo, 23 de novembro de 2008

Perfumes-vinhos

Eu definitivamente entrei na piração dos perfumes.
Fui lá no blog do Chandler Burr e anotei todos os perfumes pros quais ele tinha dado 3 estrelas ou mais (num total de 5). Entrei numa loja, dei a lista na mão do vendedor e falei: "Quero cheirar esses aí".
Aí o cara riscou alguns da lista ("acabou", "não trabalhamos", "a importadora não trabalha com o Brasil") e me trouxe os outros.
Se eu já tinha tido uma aula com o tal do Chandler Burr, tive outra com esse vendedor que manjava MUUUUUITO do assunto. Levei horas pra escolher os ditos, saí andando pelo shopping com vários daqueles papeizinhos de amostra de perfume na mão formando um leque tomando cuidado pra um não encostar no outro. Com o tempo alguns dos perfumes foram se transformando, alguns pra melhor, outros pra pior.
Escolhi três (eu estava de office boy comprando presente de outros para outros), um feminino e dois masculinos.
Comprei (compraram) "L'eau d'Issey" (Issey Miyake), "Carolina Herrera" (precisa dizer?) e "L'infusion d'homme" (Prada). (Links em português).

Fiquei looooooouca com os perfumes. Não sei se eu andava muito por fora do babado todo mas quase tudo que eu cheirei na loja me virou a cabeça. O Chandler (fiquei íntima e nostálgica do "Friends") questiona a validade estética atual do "L'eau d'Issey"; talvez para os narizes do primeiro mundo esse perfume já não diga mais nada. Antes de sair da loja eu fiz questão de borrifar o ar e passar meu braço de terceiro mundo nele; jantei com o nariz metido no antebraço. Esse "Carolina Herrera" me confundiu. Eu não consegui até agora decorar o cheiro do perfume. Cada vez que eu metia o nariz no papelzinho tinha um cheiro diferente me esperando. E sempre. Sempre delicioso. E o da Prada é ridículo de excepcional. Eu não consigo nem dizer nada... Quando o fulano ganhar o Prada da sicrana eu vou lá fungar o fulano, volto aqui e conto.
Fato é que descobri esse mundo (caro) lindo. Foi um grande prazer ler as críticas do Chandler (já disse! Ín-ti-ma!) e depois ir lá ver do que ele tava falando. E também perceber quais "notas" não são as minhas (o pessoal fala assim, "notas"). Por exemplo o tal do "Flower by Kenzo" (Kenzo); a flor é o máximo, mas o talco que jogaram em cima dela me remete aos anos 80/90 da Giovanna Baby. Não agüento cheiro de talquinho...
Tá. Pessoas (hahaha), recomendo forte o blog desse fulano. Seja em inglês no New York Times, seja na versão traduzida do UOL (que aliás, achei ótima a tradução!). Parece coisa de enólogo falando e na hora que você vai lá dar sua fungada, percebe que é tudo verdade.
Ganhei o sábado com uma bobagem dessas!

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